Quem Tem Diabetes Pode Fazer Tatuagem?

11/04/2011 16:13

 

 
    A pergunta é sempre a mesma: será que quem tem diabetes pode fazer uma tatuagem ou um piercing, como qualquer outra pessoa?
A Dra. Flavia Osmo Floh, endocrinologista pediátrica da Associação de Diabetes Juvenil - ADJ. Esclarece o assunto!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RISCO VALE PARA TODOS
 
    O risco de adquirir uma infecção a partir de uma aplicação de tatuagem ou piercing é igual para todo mundo, explicou à especialista. Por isso, quem tem diabetes não é mais vulnerável do que as outras pessoas em relação à possibilidade de contaminação.
“A diferença é que, se o quadro envolver um comprometimento dos vasos na microcirculação, o controle de uma eventual infecção torna-se mais difícil”, esclarece.
    Esse tipo de complicação (alterações na microvascularização) vem diagnosticada, em geral, a longo prazo, entre cinco e dez anos. Por isso, o paciente que não apresenta o diabetes bem controlado, e há mais tempo, está mais sujeito ao problema. No caso de uma eventual infecção após uma tatuagem mal aplicada, seu problema poderá ser mais difícil de ser combatido.
 
 
 
 
 
 
 
O ANTES E O DEPOIS
 
    Para quem já tomou a decisão de tatuar a pele, ou de aplicar o piercing, verificar o controle das taxas de glicemia e a presença de eventuais complicações crônicas constituem o primeiro cuidado a ser tomado antes do procedimento.
    Quando o procedimento é feito por pessoa não habilitada, ou em condições inadequadas, todos – com diabetes ou não – correm risco de infecção. Uma contaminação mais grave pode resultar até mesmo em hepatite viral, alertam os especialistas. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de selecionar o profissional que aplicará a tatuagem ou o piercing diretamente na pele. É fundamental confirmar se o profissional é habilitado ou recomendado e se os instrumentos utilizados são esterilizados.
Feita a aplicação, os cuidados de higiene no local devem ser redobrados, através da limpeza da região cutânea, e sem a necessidade de ingestão de antibióticos - lembra a Dra. Flavia Osmo.
Fonte: Diabetes e Saúde